domingo, março 22, 2009

Olga, o pior filme da história de Pindorama

Eu não sou crítico de cinema e meu conhecimento sobre o cinema do bananão resume-se as pornochanchadas da TV Record no final dos anos 70 na saudosa sala especial. Filmes esplêndidos como O trote dos sádicos ou A Super Fêmea faziam a alegria da molecada onanista ao mostrar barangas como Helena Ramos em cenas tórridas com Nuno Leal Maia.

Olga é um festival de vergonha alheia. Para começar, o ator que interpreta Luis Carlos Prestes parece o cantor Daniel só que vesgo e com cara de deficiente mental. O diretor deve ter dito a atriz que interpreta Olga que a personagem principal era alemã. Foi o suficiente para que ela entendesse que alemão é um povo frio e ficasse parecendo um robô no filme todo. Tanto iria fazer se caísse uma bomba atômica no set de filmagens ou se a cena fosse um filme pornô. Olga teria a mesma expressão facial em ambas situações.

Não bastasse ter um figurino saído diretamente de um brechó da zona sul paulistana, o pior do filme é colocar Olga falando russo com sotaque porto alegrense. Na hora que ela falou Dovisdania na recepção do hotel em Moscou, eu esperei ela soltar um tchê.

Mas isto não é o pior. O pior é o povo falando português em plena Alemanha. Ok, o filme é brasileiro. Mas não justificativa para que alguns personagens falem alemão (nível segundo estágio do instituto Goethe) e outros não. Coisas assim geram diálogos absurdos como o pai de Olga recebendo pobres em seu escritório:

- Wir haben alles verloren.
- Eu vou ver o que posso fazer por vocês.

Ou seja, um fala português e o outro alemão e eles se entendem. Olhe só que beleza.

Pensar que um atentado a sétima arte como este foi financiado com dinheiro público. Filmes com comunistas costumam ser ruins (vide Rosa Luxemburgo, o pior filme que já vi) mas este Olga se supera.
 
 
             Luís Carlos Prestes

1 Comentários:

Às domingo, 29 março, 2009 , Anonymous Lixão Madureira disse...

Eu, no entanto, consumiria prazerosamente todo e qualquer detrito corpóreo da Camila Morgado.

 

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